segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Em entrevista ao Diário do Grande ABC o professor Javier Ropero Peláez comenta sobre os professores estrangeiros da UFABC


Estrangeiros - A UFABC é um dos exemplos do aumento do número de estrangeiros atuando no ensino nacional. Dos 425 profissionais que formam o corpo docente, 49 não nasceram no Brasil. Desse total, quatro foram naturalizados brasileiros.
O país que mais exportou profissionais para a universidade foi a Argentina, com nove docentes. Dos 49 professores não brasileiros, 22 são da Europa, sendo seis da Rússia.
O engenheiro eletrônico Francisco Javier Ropero Peláez é um dos profissionais que decidiram investir na carreira fora do país de origem. Espanhol, com doutorado em neurociência pela Universidade de Madri e engenharia mecatrônica pela USP (Universidade de São Paulo), ele trabalha na área de neurocomputação na UFABC desde 2009, quando foi aprovado em concurso público.
Antes de chegar ao Brasil, em 1997, Peláez era contratado de uma empresa petrolífera na Espanha e realizava pesquisas nas horas vagas. “Pesquisar era um hobby para mim. Até que solicitei uma bolsa para pesquisar no Japão e consegui. Mesmo assim, pedi licença de dois anos no trabalho porque a minha intenção era retornar”, explicou.
No entanto, os planos mudaram por conta de duas paixões: além de confirmar o gosto pela pesquisa, foi durante a estadia no Japão que o professor conheceu a futura esposa brasileira, que também trabalhava como pesquisadora.
No Brasil, o espanhol chegou a trabalhar em outras universidades antes de ser aprovado na UFABC. Peláez garante que não pretende retornar definitivamente à Europa e destaca a diferença do mercado acadêmico brasileiro e espanhol.
“Na Espanha, a pesquisa é mais voltada para linhas marcadas, a criatividade não é tão valorizada como aqui. Ter mais liberdade de pesquisa e para criar projetos foi uma das minhas motivações. Estou muito contente aqui porque a UFABC representa uma inovação, com projeto pedagógico inovador que se diferencia de universidades daqui e de fora também”, enfatizou o pesquisador.

 
Fonte: Diário do Grande ABC

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