sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Programa Municipal de Arborização Urbana - cadastramento da vegetação para avaliar as áreas de déficit na cidade




    Como o professor Edson havia comentado em sua entrevista, há em São Paulo um déficit de áreas verdes significativo; há uma grande dificuldade técnica para saber a quantidade de árvores existentes na cidade.  


    Com base nisso foi criada uma lei que institui o Programa Municipal de Arborização Urbana e determina a adoção, por meio de técnicas de georreferenciamento, de um inédito banco de dados com o cadastro de cada árvore do Município.   


"Vai ser uma espécie de RG vegetal, com idade, estado fitossanitário e localização exata", afirmou o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge.

    Atualmente a Prefeitura se baseia em índices de cobertura vegetal  e no desatualizado estudo Vegetação Significativa do Município de São Paulo, de 1988. A primeira região a ser mapeada é o centro, com financiamento de R$ 615 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 
    Depois serão priorizadas áreas pouco arborizadas, como os bairros com forte concentração industrial na zona leste (Brás, Mooca) e as regiões com grandes ocupações irregulares, como o M'Boi Mirim, na zona sul. 

    A lei aprovada por Kassab determina também a adoção de políticas de expansão das áreas verdes da cidade. São Paulo tem hoje 32 parques e bosques municipais, totalizando 15 milhões de metros quadrados. Segundo Eduardo Jorge, isso está sendo realizado em 14 áreas. Uma delas fica entre os bairros de São Mateus e Itaquera, perto do Córrego Aricanduva, na zona leste. São 4,5 milhões de metros quadrados que serão incorporados até 2007 ao Parque do Carmo. 
    O terreno pertence à Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), que deverá receber R$ 30 milhões pela desapropriação. 



    Quatro empresas contratadas pela Prefeitura a um custo anual de R$ 2,25 milhões começaram um grande programa de plantio e manutenção de árvores, atendendo a uma demanda do Plano Diretor do Município de criar "corredores verdes". 
    Para fazer a ligação entre as grandes manchas de vegetação ao redor da capital e os parques e bosques urbanos, as equipes da Secretaria do Verde plantaram 32 mil mudas nos canteiros centrais de grandes avenidas e nas "ilhas" entre as pistas local e expressa da Marginal do Tietê - outras 18 mil foram plantadas por funcionários das 31 subprefeituras. 
    O catálogo de mudas do programa tem quase 350 espécies, com preferência para as árvores nativas - ipês amarelos, cambucis, araçás, sibipirunas etc. 

"Dentro de dez anos os corredores estarão formados, atraindo para a cidade aves e insetos polinizadores", disse Luiz Roberto Jacintho, técnico do Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave), vinculado à secretaria.

LEI Nº 14.186 - Programa Municipal de Arborização Urbana

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